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Capítulo 10

Continua no próximo capítulo 

Clara está de frente a uma grande universidade. Acompanhada de Vitor, ela abre um sorriso.
- Amanhã muitas pessoas irão se matricular. Já temos uma equipe diretiva, de professores e tudo mais. Está pronto.
A mulher entra na universidade junto com Vitor.
 
 
Carolina e Joaquim chegam ao Brasil ricos. Fez muito sucesso por onde passou. Gabriela, filha de Paloma e Roberto, volta para conseguir um emprego e estudar.
 
 
Estela está na penteadeira, escovando seus lindos fios castanhos. Bianca se aproxima da porta e observa a filha.
- Pensar que estou escondendo você há muito tempo... Você não me perdoaria – pensa – Eu não estou conseguindo guardar este segredo. Tenho que encontrar a Clara e revelar a verdade. Eu nunca serei mãe e tenho que aceitar isso.
- Você estava há muito tempo, mamãe? – pergunta Estela a abraçando
- Não, filha. Cheguei agora. Vamos naquela universidade lhe matricular?
 
 
 
Clara está conversando com uma professora. O nome dela é Pâmela, uma mulher responsável que ama sua profissão.
- Eu agradeço por me contratar, Clara. Fiquei sabendo do que aconteceu com você no passado. Sinto muito.
- Com o tempo a gente esquece. Mas como mãe, eu sempre digo que tenho que reencontrar a minha filha.
- A minha morreu no parto. Era uma gravidez de risco, já esperava por isso.
- Meus pêsames.
- Quando eu começo? – referiu-se ao trabalho
- Amanhã. Já temos sete turmas fechadas.
 
 
 
 
Em um hospital em Nova York, um homem respira com muita dificuldade. Ele chama pela filha, que não consegue parar de chorar.
- Filha. O papai te ama muito. Você vai morar com a sua mãe... Nunca esqueça: Você é muito linda...
- Não fala nada papai...
A menina abraça o pai, que a beija na testa. Em seguida, morre.
- Papai? Você... Morreu?
Uma equipe de enfermagem entra imediatamente no quarto e afasta a menina. Nada adianta. Eles saem e Paloma entra no quarto.
- Eu sinto muito minha princesa. Você tem que ser forte e superar tudo isso.
- Minha mãe me odeia. Eu sei disso.
- Como uma mãe pode odiar o próprio filho? Ainda mais uma menina tão linda como você?
- Ela me abandonou. Depois que eu nasci, voltou para o Brasil.
- Vamos comer alguma coisa, Duda? Depois nós vamos ao apartamento e você pega suas coisas. Temos que voltar ao Brasil.
- Estou sem fome.
- Você está muito magra. Se você não comer, vai ficar doente.
- Tudo bem, tia. Mas você promete que não vai me deixar sozinha com a minha mãe? Eu tenho medo.
- Eu estarei com você. Mas a Gabriela também irá ajudá-la. Você não está sozinha meu amor. Muita gente te ama – diz abraçando a menina
 
 
Mariana está dormindo. São onze horas. O telefone toca e ela demora a atender o mesmo. Paloma está na linha.
- Bom dia Mariana. Eu tenho duas notícias nada boas para você.
- Diga loira oxigenada.
- O Gustavo faleceu e a Duda terá que ir morar com você.
- Como assim o Gustavo morreu? Eu não quero ficar com aquela garota irritante.
- Acontece que ele deixou um testamento, no qual, caso morresse, a guarda seria transferida á você. Ele estava muito doente.
Mariana e Paloma continuam conversando e entram num acordo: Ela irá buscar ás dez horas de amanhã Maria Eduarda no aeroporto.
 
 
 
O dia passou muito rápido. Maria Eduarda já estava no apartamento da prima, e sentia-se um pouco incomodada.
- Escuta aqui garota: Você não vai abrir o bico do que viu naquele dia, ouviu bem? Se não, dê adeus á Paloma e a esse seu mundo colorido. Você morre.
- Eu não falo nada.
A garota subiu ao quarto e retirou da mala um pacote de salgadinho, um refrigerante e dois brigadeiros. Começou a comer rapidamente
 
 
Clara e Bianca estão na sala da diretoria. Já foi feita a matrícula de Estela, que está em casa.
- A Estela é uma garota complicada de lidar, Clara.
- Muitos me criticam por pensar desta forma, mas só existe educação com amor e respeito.
- Faz tanto tempo que não nos falamos. Você encontrou a sua filha?
- Não. Passaram-se vinte anos e nada.
- É uma pena. Sinto muito.
As duas terminaram a conversa, e Bianca parecia cada vez mais preocupada.
 
 
 
Ao chegar em casa, Clara viu que Duda estava sentada perto da escada, chorando.
- Maria Eduarda. É esse o seu nome, não é?
A menina balançou a cabeça positivamente
- O que aconteceu? O meu nome é Clara, e eu sou a sua prima. Pode falar. Vou te ajudar.
- O meu pai morreu. E a minha mãe me odeia.
- Sinto muito minha princesa.
- Se eu te fizer uma pergunta, você não vai ficar brava comigo?
- Não, eu prometo.
- Eu sou bonita? Eu sou muito gorda.
- Percebo que você é vaidosa. Não se preocupe com o peso agora. Você é linda!
As duas se abraçam e Clara se distancia. Sobe as escadas, mas ouve quando Mariana chega perto da criança:
- Para de chorar, menina. Você cresceu, mas sua mentalidade é igual a um bebê. Eu te odeio. Ouviu bem? Por mim, eu teria te abortado e você nem existiria.
- Para mãe. Isso dói, sabia? Você não me ama, mas eu gosto de você. Eu não quero ficar sozinha.
- Para de drama, garota! Até parece que alguém irá se comover com seu showzinho. Você é uma “elefanta”. Já se olhou no espelho? Seu pai não era tão feio como você, e eu sou linda. Você realmente é minha filha? – pergunta enquanto a menina levanta – Não mandei você sair, menina. Fica aqui. Você vai emagrecer. E faça isso por conta própria. Não conte comigo. Agora suba. E não conte á idiota da sua prima do que você ouviu nojenta.
Clara desce as escadas silenciosamente, e ao ver o rosto de Duda, pergunta:
- Por que ela não pode contar Mariana? Eu ouvi tudo o que você falou e ela não precisa guardar pra si tanta violência verbal. Nossa, eu me surpreendo com o tipo de pessoa que você se tornou. Quem é o animal aqui? Você ou ela?
 

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