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Capítulo 15

Continua no próximo capítulo 

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CENA 12/ CASA DE RAUL E HELENA/ SALA/ NOITE.

(Ao Som de EU NUNCA AMEI ALGUÉM COMO TE AMEI – IVETE SANGALO).

Helena encontra-se sentada no sofá, seus pés estão descalços, sobre o móvel. A diretora escora sua cabeça em uma almofada. As luzes da casa encontram-se praticamente todas apagadas. Ao lado de Helena se pode ver um abajur ligado. A bela ainda tem em sua mão um livro azul cujo se chama (O recomeço).

O volume diminui calmamente.

Logo se pode ouvir a campainha ser tocada.

Helena (Off): Quem será que pode ser a essa hora? Quem será?

Após colocar seu sapato, Helena levanta-se e vai em direção à porta. Então abre e se surpreende ao ver Nicole.

Nicole (Chorando): Mãe... Mãe me perdoa... Eu não aguento mais viver naquele lugar... Eu prometo que vou parar de dançar... Mas me perdoa mãe... Me perdoa por ter mentido pra você... Me perdoa por ter inveja de você... Me perdoa por ter enganado você... Me perdoa por ter traído você... Por não ter sido a filha... A filha que você merece.

Helena e Nicole trocam olhares.

 

CONTINUAÇÃO CENA 12/ CASA DE RAUL E HELENA/ SALA/ NOITE.

Arrependida Nicole olha para a mãe. Lágrimas escorrem dos olhos da jovem. Helena não se contém e de seu rosto o choro começara a nascer.

Helena (Emocionada): Ah Nicole... Minha filha, eu te amo tanto... Você errou, eu sei... Mas como eu não vou te perdoar? Você é minha filha! ...O Raul eu posso não perdoar, mas você... Você Nicole, por mais cruel que seja o erro, eu sempre vou te perdoar e te querer por perto... Minha filha!

Em um passe emocionado, mãe e filha se aproximam. Chorando, ambas trocam olhares e emocionadamente se abraçam fortemente. Da escada Daniel as olha e sorri diante da situação.

O volume diminui calmamente.

 

CENA 01/ CASA DE BRÁULIO CASAGRANDE/ QUARTO DE CRISTAL/ NOITE.

Alexia encontra-se deitada na cama de Cristal, encostada na cabeceira. Próxima a ela, deitada em suas pernas está Cristal inconformada, aflita, chorando.

Cristal (Indignada): Eu não consigo entender! Eu não consigo entender Alexia! Como ela pode ser tão ruim assim? Essa mulher é um monstro em forma de anjo! Um monstro!

Alexia (Sério): Você não pode pensar isso... Eu tenho certeza que a mamãe está de cabeça quente... Alguma coisa aconteceu... Ela não está no seu estado normal.

Cristal (Levantando-se e Olhando para Alexia): Sinceramente... Alexia... Andréia nunca gostou de mim... Acho que ela nunca aceitou o fato de eu ser filha de outra mulher.

Alexia (Calma): Mas Cristal... Pensa minha irmã... Tenta não agir mais assim... Deixa que ela discuta se quer discutir... Sozinha... Não provoca minha irmã!

Cristal (Inconformada): Não tem como! (Séria) Essa mulher é uma víbora! Uma víbora! ...Ou melhor, ela está se mostrando uma víbora... Porque eu realmente não conhecia esse lado diabólico, ciumento da Andréia! ...Sabe, eu vou marcar logo esse jantar de noivado, apresentar uma família para outra, me casar e sair logo... Sair logo dessa casa... Porque eu não quero... Eu não quero que o meu filho, ou a minha filha conviva com essa mulher! Eu não quero Alexia!

Alexia e Cristal trocam olhares.

 

CENA 02/ MOTEL/ QUARTO/ NOITE.

(Ao Som de LOVE ACTUALLY SOUNDTRACK – THE CALLING).

A porta é aberta. Bruno entra com Rebeca no colo. O médico fecha porta ainda com a mesma no colo. Ambos podem ver um lugar sensual, elegante. Ao fundo, uma cortina vermelha. No centro uma cama, redonda, com lençóis brancos, de seda. Ao derredor, ainda é visto, dois sofás de couro vermelhos, um de cada lado e ainda uma TV LED 32 Polegadas sobre uma estante branca. No teto, luzes e um globo parecido com o que é visto em boates, deixa o local ainda mais sensual e aconchegante. Ao ser colocada delicadamente por Bruno na cama, Rebeca sorri. Mordendo seus lábios a jovem seduz cada vez mais o médico que começa a tirar sua camisa preta xadrez. Bruno joga sua camisa no chão e rapidamente coloca Rebeca de costa. O jovem começa a tirar o vestido preto que a bela usara. Calmamente Bruno termina de retirar o vestido, já olhando para a amada. Somente de lingerie preta, Rebeca, sorri. Logo ergue seu corpo e torna a sentar-se na cama. Bruno por sua vez, tira sua calça e se aproxima da médica, ardentemente então, o casal se beija deitando-se a cama.

O volume diminui calmamente.

 

CENA 03/ CASA DE RAUL E HELENA/ SALA/ NOITE.

(Ao Som de NOVELA AMÉRICA INSTRUMENTAL – ÊXODO).

Nicole e Helena encontram-se sentadas no sofá, ao lado da outra. Helena encontra-se com os pés sobre o móvel, olhando para a filha.

Nicole (Chorando): Eu me sinto suja mãe... Como eu fui capaz de fazer isso com você... Mãe perdoa o meu pai... Ele não teve culpa de ter sido comigo... Ele não sabia... Como eu estava cega, louca por ele... Confesso que ainda me sinto atraída por ele... Mas eu sei mãe, eu sei que eu não posso, é contra tudo que eu sempre aprendi... É contra tudo o que é correto.

Logo a mãe curva sua cabeça. Posteriormente torna a erguer.

Helena (Calma): Nicole... Filha... Eu preciso te contar uma coisa!Nicole olha surpresa para a mãe.

Nicole (Enxugando as lágrimas): O que... O que mãe?

Helena (Séria): Eu sei que posso estar me precipitando... Mas acho que é necessário dizer.

Nicole (Preocupada): O que foi mãe?

Helena (Com lágrimas nos olhos): Nicole... Você minha filha... Você não é filha do Raul... Você não filha do Raul! ...Não é filha.

Nicole (Atônita): Como é que é?

Helena (Chorando): Se você o ama... Se você gosta dele... Vai atrás dele... Eu quero te ver feliz... Você não estará fazendo nada de errado... Nada de errado Nicole!

Nicole (Perplexa): Isso é verdade? Mãe... Isso é verdade? Eu não sou filha do papai?

Helena (Enxugando as lágrimas): Me perdoa Nicole... Me perdoa por nunca ter contado isso pra você... Ah filha... Se você ama o Raul... Vai atrás dele, fala tudo o que eu te falei... Eu não me importo mais... No fundo eu quero te ver feliz.

Nicole (Aflita): Mãe... Mãe... Quem é meu pai, mãe?

Helena (Levantando-se): Isso... (Séria) Isso eu não posso te dizer minha filha.

Nicole (Levantando-se): Mãe! (Séria): Eu tenho o direito de saber!

Helena (Séria): Não me peça isso agora... Que eu não vou te dizer... Agora... Se você quer procurar Raul... Vá minha filha... Pode ir... Pode ir!

Nicole (Confusa): Eu vou para o meu quarto mãe... Eu não to conseguindo entender nada... Eu vou para o meu quarto... Vou aproveitar que o Pedro tá dormindo no quarto de hóspedes... E vou tentar digerir esta história! ...Vou tentar!

Nicole logo deixa o local.

Chorando Helena senta-se ao sofá. Ao fundo se pode ver Nicole subindo as escadas.

O volume diminui calmamente.

 

CENA 04/ CASA DE CLARICE E EDUARDO/ SALA/ NOITE.

Todos continuam a encarar o casal.

Eduardo (Furioso): Para de embromar Júlia... Responda de uma vez!

Bianca (Decepcionada): Você não pode estar fazendo isso... Não pode!

Clarice (Desolada): Que Decepção minha filha... Fazer isso com a sua irmã.

Júlia (Exaltada): Chega! Para! Parem de me atormentar! Eu não estou fazendo nada de errado... Eu e o Théo sempre nos amamos! Sempre!

Eduardo (Revoltado): É uma vagabunda! Uma vagabunda! (Olhando para Théo) E você é outro... Canalha! Ordinário! Imbecil! ... O que mais eu posso dizer de você Théo? ...Mau caráter! Mau caráter... É isso o que você é!

Théo (Sério): Você não vai falar assim de mim... Não vai... Júlia vem comigo... Vamos sair daqui!

Júlia e Théo trocam olhares.

Eduardo (Furioso): Não se atreva... Não se atreva! É ele... Ou eu minha filha!

Júlia (Séria): Pois bem papai... Eu vou com o Théo... Eu vou com o Théo... E dane-se essa família medíocre!

Bianca (Decepcionada): Como você é baixa Júlia... Meu Deus... Como eu nunca vi esse teu lado... Você é uma mau caráter... Vagabunda mesmo! Eu tenho vergonha de ser tua irmã! Vergonha!

Júlia (Raiva): Eu que tenho vergonha... Vergonha de ser tua irmã... De ter nascido nessa familiazinha idiota... Que tem grana... Mas não sabe viver... Eu que tenho vergonha de ter uns pais como esses... Mãos de vaca... Que daqui a pouco morrem e não aproveitaram nada... Tenho vergonha de ter um pai e uma mãe que só brigam, discutem... Eu tenho vergonha de ter um pai que nem come a minha mãe mais... Seus fracos... Vocês ainda vão ver a filha de vocês num pedestal e ai sim eu vou estar... Eu vou estar lá olhando para vocês e pisando na cara de cada um.Théo demonstra-se surpreso. Clarice se aproxima da filha.

Clarice (Decepcionada): Da onde tanta raiva Júlia? ...Você era tão doce... Meiga... Foi essa viagem... Essa última viagem que você fez? Foi o que minha filha?

Júlia (Revoltada): Não enche mãe... Lição de moral... Agora, não!Eduardo aproxima-se da filha.

Eduardo (Sério): Eu ouvi quase tudo calado Júlia... A minha mão está coçando pra te dar uma surra... Uma surra... Mas eu não vou fazer isso... Não vou... Sai daqui! Sai daqui... Antes que eu mude de ideia!

Eduardo e Júlia trocam encaradas.

 

CENA 05/ PORTO ALEGRE/ EXTERIOR/ MANHÃ.

(Ao Som de QUASE AMOR – REAÇÃO EM CADEIA).

Mostra a Cidade.(Cais do Porto/ Mercado Público/ Avenida Carlos Gomes).

O volume diminui calmamente.

 

CENA 06/ MARITIME SCHOOL/ DIRETORIA/ MANHÃ.

Sentada a sua mesa, está Helena. De frente para a diretora, na cadeira mais próxima da porta, encontra-se Matilde. Ao mesmo tempo, Andréia entra na sala. A bela bate na porta e sorri.

Andréia: Olá... (Sorrindo) Bom dia!

Helena (Alegre): Andréia! Minha irmã... Que bom te ver aqui!Andréia se aproxima de Matilde.

Matilde (Levantando-se): Como vai... (Abraçando Andréia) Andréia?

Andréia sorri.

Andréia: Tudo ótimo... E você Matilde?

Matilde: Está tudo bem... Bom... (Olhando para a diretora) Helena... Vou indo, Isabel pega o voo logo, logo!

Helena: Está bem Matilde... Até logo!

Matilde: Tchau, tchau!Andréia (Sorrindo): Tchau Matilde.

Matilde deixa a sala.

Andréia se aproxima de Helena e a cumprimenta com um beijo. Helena senta-se em sua cadeira. Posteriormente Andréia senta na mesma cadeira em que Matilde estara.

Andréia (Séria): Bom... Helena, eu vim aqui porque eu preciso de ajuda... Preciso de uma opinião.

Helena (Surpresa): Opinião? (Calma) Pode falar... Se eu puder ajudar!

Andréia (Séria): Helena... Eu não sei mais o que eu faço... Toda hora me vem em mente todo o meu passado... Minha irmã... Eu acho que está na hora, está na hora de eu contar toda a verdade... Você não acha?

Helena (Calma): O que eu acho... Andréia... É que você... Você tem de ir atrás daquela... Da única mulher que pode te ajudar!

Helena e Andréia trocam olhares.

 

CENA 07/ DELEGACIA/ ESCRITÓRIO/ MANHÃ.

Renata e Natasha estão sentadas em suas respectivas mesas. Celso encontra-se em volta da esposa. Nada de diferente da delegacia, aparentemente mais um dia comum... Até que Natasha levanta-se apavorada.

Natasha (Desesperada): Eu preciso ir ao carro... Eu não fechei o carro... Vão nos assaltar, Celso!

Natasha vai em direção a porta, porém é impedida pelo marido.

Celso (Seguro): Ei! Calma! Para!

Renata (Preocupada): O que foi? O que está acontecendo?

Celso (Sério): Senta... Fica Calma Natasha!

Natasha: Calma? ...Eu to calma... Me deixa ir!

Celso (Sério): Senta... Senta!

A escrivã torna a sua mesa. Logo Renata se aproxima.

Renata (Preocupada): O que está acontecendo Natasha?

Celso (Calmo): O que eu suspeitava Renata... Preciso levar a Natasha ao médico! Preciso!

Natasha (Atônita): Médico? Pra que médico? Eu to bem!

Celso (Sério): Vem comigo!

Natasha e Celso trocam olhares.

Celso (Sério): Vem comigo! Agora!

Celso pega a esposa pelo braço.

Natasha (Séria): Não precisa me puxar... Eu vou!

Celso (Calmo): Até logo Renata!

Renata: Melhoras!

Celso e Natasha deixam o local.

Renata: E só restou eu... (Sentando-se em sua cadeira) Onde está o novo policial? Eu sozinha na delegacia!Renata mexe em alguns papéis sobre sua mesa, ao mesmo tempo em que Raul entra no local.

Raul: Olá... Bom dia delegada!

Renata (Surpresa): Raul... Pensei que não viesse tão cedo... Sente-se!

Raul senta-se em uma cadeira de frente para a delegada.Renata: Bom... Nossa escrivã não está aqui... Mas podemos ter uma conversa rápida... Eu te chamei aqui porque já temos um suspeito de ter matado Atílio.

Raul (Surpreso): Suspeito? Já? Quem?

Renata (Sério): Bom, Raul... É difícil de dizer... Mas... Tudo indica que o assassino do Atílio... Seja... Seja seu filho... Pedro!

Raul (Perplexo): Como é que é? O Pedro é suspeito de ter matado o seu próprio tio?

Raul e Renata trocam olhares.

 

CENA 08/ PORTO ALEGRE/ EXTERIOR/ TARDE.

(Ao Som de VAGALUMES – POLO).

Mostra a Cidade.

(Vista Aérea –(Redenção/ Avenida Ipiranga/ Rodoviária)).

O volume diminui calmamente.

 

CENA 09/ DANCETERIA PSIU/ ESCRITÓRIO/ TARDE.

De pé estão Simone e Luciano, próximos a mesa da primeira, o último encontra-se com um envelope branco na mão.

Luciano (Entregando o envelope): Está aqui... Está aqui o dinheiro, todo o dinheiro que ela mandou!

Simone (Com o Envelope na Mão): Não comentou mais nada com você?

Luciano: Só pediu que eu a entregasse isso.

Simone (Confusa): Sabe Luciano... Eu não consigo entender essa mulher... Tantos anos... Sinceramente...Deborah se aproxima da sala. Ninguém a percebe.

Simone (Séria): Se ela amasse a Deborah... Tanto quanto diz... Ela já tinha contado a tempos... Que era mãe dela!

Deborah (Surpresa): Como é que é? (Séria) Então você sabe quem é a minha mãe Simone?

Simone se surpreende, logo olha para Deborah, assim como Luciano. A câmera mostra todos os rostos. A dúvida de Deborah e o semblante surpreso de Simone e Luciano.

 

CENA 10/ PORTO ALEGRE/ EXTERIOR/ REDENÇÃO/ TARDE.

(Ao Som de MARÉ - NX ZERO).

Mais uma tarde movimentada no parque. Diversas pessoas andam para lá e para cá. Em meio a multidão a bolsa de couro vermelha de Ísis chama bastante atenção. Ao lado da bela encontra-se Clara, sua filha, que carrega consigo um algodão doce rosa. Mãe e filha caminham de mãos dadas. Ao avistarem um banco caminham até ele, posteriormente se sentam.

O volume fica baixo.

Clara (Meiga): Mamãe... Posso te fazer uma pergunta?

Ísis (Sorrindo): Mas é claro minha filha... Claro... Pode falar.

Clara: Você vai embora? Vai embora assim como a tia Isabel?

Ísis (Sorrindo): Mas é claro que não minha filha... Claro que não... Agora a mamãe está morando com você... E nunca... Nunca... Pode ter certeza... Eu nunca vou abandonar você... Eu te amo... Eu te amo!

Clara: Eu também te amo mamãe!

O volume aumenta.

Ísis sorri e se aproxima da filha. Ambas se abraçam fortemente.

O volume diminui calmamente.

 

CENA 11/ AEROPORTO SALGADO FILHO/ INTERIOR/ SALA DE EMBARQUE/ TARDE.

(Ao Som de THE WOMAN I LOVE – JASON MRAZ).

Isabel e Matilde encontram-se sentadas nas primeiras cadeiras da sala. Ao lado de Isabel, um mala, preta.

O volume fica baixo.

Isabel (Desmotivada): Ai mamãe... Que demora! Não pode atrasar nem mais uma hora... Mamãe eu preciso estar lá amanhã de manhã... Se não... Se não eu perco a vaga... São diversas professoras disputando... Ah mamãe! Não pode demorar!

Matilde: Calma minha filha... Logo, logo, seu voo vai ser chamado... Pense positivo... Se você ainda não decolou... É porque Deus... Deus tem um motivo minha filha.

Pode-se escutar uma voz feminina vinda de um alto falante.

Alto Falante: Senhores Passageiros... Informamos que o voo 174 com Destino a Lisboa está apto para decolar... Preparem-se... O voo já irá partir.

Matilde (Sorrindo): Viu só minha filha!

Isabel sorri, logo levanta, assim como Matilde.

Matilde (Sorrindo): Vai com Deus minha filha... Vai Com Deus... Vai dar tudo certo... Pode ter certeza... Esses meses vão passar rapidinho... Logo, logo você está de volta... Eu te amo! Eu Te amo minha filha!Isabel sorri.

Isabel (Sorrindo): Eu também te amo mãe... Eu sei, vai dar tudo certo... Fica com Deus... Já estou louca de saudade... De você, da Clarinha, até da Ísis... (Calma) Agora deixe eu ir... Eu te amo!

O volume aumenta.

Matilde (Abraçando a filha): Eu te amo muito minha filha... Muito!

Isabel sorri e então se afasta da mãe. Pega sua mala e logo segue seu caminho. A CAM acompanha a bela.

O volume diminui calmamente.

 

CENA 12/ DANCETERIA PSIU/ ESCRITÓRIO/ TARDE.

Deborah e Simone se encaram.

Deborah (Exaltada): Anda Simone... Fala! Você sabe onde está mãe! Me diga! Onde está ela?

Simone (Séria): Eu não posso te falar... Eu não posso te falar!

Ary chega à sala.

Deborah: E você... (Olhando para Luciano) Você sabe quem é minha mãe... Me diz! Quem é?

Luciano curva a cabeça.

Deborah (Com lágrimas nos olhos): Diga-me, por favor!

Ary (Exaltado): Chega! Chega de mentiras! ...Eu vou contar tudo!

Todos tornam o olhar para Ary que se demonstra decidido.

 

CENA 13/ CASA DE RAUL E HELENA/ QUARTO DE HÓSPEDES/ TARDE.

Pedro e Raul entram no quarto. Raul fecha a porta, ao mesmo tempo em que Pedro senta-se a cama.

Pedro (Curioso): Então pai... Você disse que queria falar comigo a sós... E que era muito importante... Pois então... Me diga... O que é tão importante?

Raul (Sério): É melhor mesmo você estar sentado... É muito melhor Pedro... Você tem certeza que sua mãe não está em casa?

Pedro (Calmo): Tenho pai, ela chega só à noite... Não tem problema de você estar aqui... (Preocupado) Mas o que foi pai? É algo ruim?

Raul (Decepcionado): Ruim? ...Ah Pedro... Seu dissesse que era só ruim, eu estaria mentindo... O que aconteceu foi péssimo... Decepcionante... Gravíssimo meu filho!

Pedro (Aflito): O que foi pai? O que aconteceu?

Raul (Decepcionado): Eu já sei de tudo meu filho... (Sério) Foi você quem matou o Atílio.

Pedro levanta-se Perplexo. Pedro e Raul trocam olhares.

 

CENA 14/ CONDOMÍNIO LUZ DA LUA/ APARTAMENTO DE ELEONORA/ SALA/ TARDE.

Eleonora encontra-se sentada no sofá. De um dos quartos vem Théo e Júlia.

Théo: Vó... Eu e Júlia vamos sair tudo bem?

Eleonora (Olhando para o neto): Tudo bem... Podem ir... Vão com Deus!

Júlia (Caminhando em direção à porta): Fique com Deus dona Eleonora... Até logo!

Théo (Abrindo a porta): Tchau vovó!

Eleonora: Tchau!Ao saírem o casal fecha a porta.

Eleonora (Pegando o controle): Ai! Ai!

Eleonora troca de canal ao mesmo tempo em que a campainha toca.

Eleonora (Levantando – se): Esses meninos... (Caminhando em direção à porta) Só podem ter esquecido alguma coisa.

Eleonora abre a porta e se surpreende.

Eleonora (Perplexa): Você aqui?

A CAM mostra Andréia.

Close no olhar espantoso de Eleonora.

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