Capítulo 5
Ao som de “Smile – Avril Lavigne”
Antônia beijava calorosamente Ignácio, homem que acabara de divorciar-se de Mariana.
- Vou ter que voltar ao trabalho. Amanhã viajo de volta ao Brasil.
- Te acompanharei.
- Vai encontrar a sua ex-mulher?
- Sim.
Antônia sai do colo do marido brava.
Bruna e Bianca estavam na varanda de casa, tomando um café. Estela dormia no carrinho.
- Bruna, tu sabe por que a minha filha fica se espremendo toda?
- Não é cocô que ela tá fazendo?
- Olha a palavra! Não educa a menina dessa maneira!
Estela acorda e dá um berro. Bianca se assusta e queima a bebê com o café. Ela chora mais.
- Puta que pariu!
Ao som de “Se eu te Abraço – Manu Gavassi”
Carolina estava deitada em sua cama, chorando. Estava ali o dia inteiro, não havia comido nada e estava muito fraca.
- Como que eu vou contar pra ele? – pensava Carolina – Eu amo ele. Não queria ter feito aquilo.
De repente, a moça é surpreendida por Joaquim, que traz consigo uma bandeja repleta de doces.
- O que é isso? – diz levantando da cama enxugando os olhos de lágrima
- É doce. Você não comeu nada o dia inteiro.
Joaquim a beija.
- Amor, eu preciso falar com você. É uma coisa séria.
- Séria? Você não é séria para ter conversa desse tipo.
- Você não entendeu. O que eu quero dizer que eu... eu... eu te traí. Eu beijei outro homem.
- Quem?
- Não, Joaquim. Por favor.
- Diz, Carolina. Diz. Eu não quero ser corno não. Por favor, diz! – fala chorando
- Eu falo. Foi o Vitor.
- Aquele Vitor? Namorado da Clara que é mãe daquela menina que sumiu do hospital e que tá traficada?
- Sim.
- Tudo bem. Eu perdoo.
Um minuto de silêncio marcou o local.
- Sério? – perguntou
- Muito sério. Agora não fica mais com essa cara de tristonha e me dá um beijo?
- Claro que eu dou.
Ao som de “Radar – Britney Spears”
Pedro e Bruna estavam no carro, conversando. A médica estava no volante e discutindo com o homem ao lado.
- Você vai junto comigo! Tá com medinho do quê?
- De a gente ser preso.
- Olha aqui, Pedro. Ou a gente foge do país ou somos presos. O que prefere?
- Tá certo. Você é que manda.
- Esqueceu quem sou eu? Bruna Gomes, a médica que trafica bebês. – diz rindo maquiavelicamente
O dia passou rápido. Não tão rápido, pois Clara ainda estava naquela angústia de que sua filha poderia estar viva ou não.
Ela havia tomado quatros banhos naquele dia e mesmo assim, sua aparência era de que não havia tomado nenhum banho.
Sua mãe entrou no quarto e a flagrou nua. Pegou a toalha caída no chão, e enrolou sobre seu corpo.
- Onde pode estar a minha filha? Ela tá bem?
- Clara... Eu sinto muito. Eu adoraria saber, mas não sei.
Ao som de “Heart Attack – Demi Lovato”
Mariana está em seu quarto, um local um pouco pequeno, mas confortável. Alguém bate na porta.
- Quem é?
Sem responder, a pessoa entra no quarto e tranca a porta.
- Eu sei que foi você. Confessa! – grita Vitor
- Fui eu o quê? Do que está falando?
- Você sabe muito bem. Não preciso nem dizer. Foi você que fotografou o beijo que a Carolina deu em mim, não foi? Confessa!
- Fui eu sim. Sabe por quê? Porque eu quero ver a Clara infeliz! – grita Mariana
- Você é doente. A Clara nunca fez nada pra você. – diz Vitor
- Ah, o namorado vai defender a chatinha agora,vai?
- O que ela fez pra você?
- Simples. O pai da Clara que hoje está morto transou diversas vezes comigo na adolescência. Mas a Marta o amava, e os dois se comeram. Daí nasceu a Clara. Depois do nascimento dela, eu fiquei desamparada.
- Só pode ser você. Foi você que roubou a filha da Clara do hospital.
- Por mais que eu tenha vontade, infelizmente não fui eu. Eu cheguei a cidade a menos de um mês.
- Se você tiver alguma coisa a ver com o desaparecimento dessa criança, eu te mato vadia. Ouviu bem? Eu te mato! – diz saindo do quarto
- Suas ameaças não me assustam querido.
Ao som de “Give Your Heart a Break - Demi Lovato”
No aeroporto de São Paulo, Bruna e Pedro andavam apressadamente. Com dois bebês no colo – um do sexo feminino e outro masculino – e outros dois numa mala grande e preta.
Ao entrar no avião, Bruna sorriu. Pedro se interessava apenas para os champagne que eram servidos
- Você quer um gole, amor?
- Quero. – disse Pedro
O avião decola. Poucos minutos depois, aproximadamente meia hora, todos os passageiros ficam nervosos. O avião está caindo. As aeromoças tentam acalmá-los, mas de nada adianta.
Bruna fecha os olhos e aperta firme a mão de Pedro. Já é tarde. O avião caiu e muitos morreram.