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Capítulo 7

Continua no próximo capítulo 

No Capítulo Anterior.

CENA 15/ CASA DE BRÁULIO CASAGRANDE/ QUARTO DE CRISTAL/ MANHÃ.

Cristal e Bráulio se encontram sentados na cama, um de frente para o outro.

Bráulio (Sério): Agora pode falar Cristal, você já deu o seu tempo!

Cristal: Eu vou falar pai, eu vou falar!

Bráulio (Sério): Então fale!

Cristal (Séria): Eu sai de casa pai, porque eu descobri tudo... Eu descobri toda a verdade, eu escutei a briga que você teve com a Andréia, eu escutei e fiquei sabendo que a Andréia não é minha mãe... Foi por isso, por esse motivo que eu fugi de casa, foi porque eu fiquei sabendo que eu não sou filha da Andréia.

Cristal e Bráulio trocam olhares.

 

CONT. CENA 15/ CASA DE BRÁULIO CASAGRANDE/ QUARTO DE CRISTAL/ MANHÃ.

Bráulio (Sério): Cristal...

(Ao Som de VIVER A VIDA LOUNGE INSTRUMENTAL – LASCIA).

Cristal (Triste): Pai, não se preocupa, eu sei de tudo... Não precisa mentir para mim.

Bráulio (Sério): Eu não vou mentir... O que você ouviu é verdade, a Andréia não é sua mãe.

Cristal: Mas pai, quem é a minha mãe?

Bráulio (Sério): Eu não posso te dizer, pelo menos ainda não, não tem como eu te falar isso, tenta entender filha.

Cristal (Exaltada): Entender pai? Você quer que eu entenda o motivo de você simplesmente não falar quem é minha mãe?

Bráulio: Filha...

Cristal (Levantando-se): Assim você me decepciona cada vez mais, com licença!

Cristal deixa um tanto indignada. Bráulio curva a cabeça.

Bráulio (Triste): Você tem que entender minha filha, você precisa entender!

O volume diminui calmamente.

De seu bolso, Bráulio pega um Iphone preto, ele disca alguns números e coloca o celular no ouvido. Do outro lado alguém o atende.

Bráulio: Oi, Isabel. (pausa) Como você tá? (pausa) Eu to indo, precisando muito de você... Podemos nos ver hoje? (pausa) Tudo bem, mas o que houve com sua mãe? (pausa) Tá bom meu amor, vou deixar você ficar com ela, um beijo, te amo.

Após ser respondido Bráulio desliga o celular, ele o coloca no bolso. Levanta-se da cama e vai em direção a saída do quarto de Cristal.

 

CENA 01/ PORTO ALEGRE/ EXTERIOR/ MANHÃ.

(Ao Som de SE TUDO FOSSE FÁCIL – MICHEL TELÓ E PAULA FERNANDES).

Mostra a Cidade.

(VISTA AÉREA JARDIM BOTÂNICO, MONUMENTO AO LAÇADOR, MERCADO PÚBLICO, USINA DO GASÔMETRO, CATEDRAL METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE).

O volume diminui calmamente.

 

CENA 02/ CASA DE ATÍLIO E PILAR/ EXTERIOR, FACHADA/ MANHÃ.

Piscina retangular de azulejos em frente, arbustos em volta. Telhado estilo campo, meio envernizado. Dois andares com um topo. Colunas no primeiro piso diferenciam as janelas e a porta elétrica moldurada em verniz. No segundo piso a janela comum amadeirada e envernizada é separa por um longo vidro retangular, dando até a uma pequena e minúscula janela do banheiro, moldurada em um verniz. A pintura da casa é em um tom amarelado.

 

CORTA PARA CENA 03/ CASA DE ATÍLIO E PILAR/ QUARTO DE MARINA/ MANHÃ.

(Ao Som de WHEN YOU GOT A GOOD THING – LADY ANTEBELLUM).

Deitada em sua cama de barriga para baixo, Marina chora, chegando até mesmo soluçar. A bela continua a chorar, quando sua mãe Pilar entra no quarto. Ao ver a filha em tal estado o semblante da mãe logo se transforma. Calmamente Pilar vai até a filha, ela encosta sua mão na costa de Marina que logo se vira, mergulhada em lágrimas. Marina senta-se na cama. Pilar que estara em pé, tornara a se sentar. Mãe e filha se dão as mãos e seus olhos se entrelaçam. Um abraço, um acolhimento Marina recebe. Os corpos se afastam e Pilar olha no fundo dos olhos de Marina.

O volume diminui calmamente.

Pilar (Triste): Ah minha filha... O que está acontecendo com você?

Marina (Chorando): Mãe... Eu neguei, sempre neguei, mas a verdade é que eu sempre amei o Pedro, mãe. Sempre!

Pilar (Levemente Surpresa): Ah... Minha filha!

Pilar abraça Marina fortemente, que chora nos braços da mãe. Após alguns segundos, elas se afastam.

Pilar (Levantando-se): Chega de chorar, vamos tomar o café da manhã com seu pai, venha, vamos!

Marina (Séria): Não mãe, eu não vou tomar café.

Pilar (Surpresa): Não vai?

Marina (Séria): Não vou mãe, agora não... Eu tenho uma coisa para resolver que era pra ter sido resolvida há tempos.

Pilar: O que Marina? O que você tem pra resolver?

Marina (Séria): Eu vou atrás do Pedro mamãe, hoje eu vou resolver tudo o que eu tenho pra resolver com ele.

Pilar e Marina trocam olhares.

 

CENA 04/ CASA DE BRÁULIO CASAGRANDE/ COZINHA/ MANHÃ.

Próxima à geladeira Cristal conversa com Claudete e Maristela, todas estão em pé.

Cristal: E foi isso que aconteceu.

Maristela (Triste): Meu Deus Cristal, coitada de você!

Claudete: Mas esse seu pai, meu Deus, não para de aprontar!

Maristela (Brava): Claudete!

Cristal e Maristela riem.

Claudete: Que foi? Só falei a verdade.

Maristela: Para Claudete de se intrometer na vida do patrão!

Cristal: Meninas, agora me deem licença que eu vou fazer uma visitinha para o meu amor.

Cristal sorri.

Claudete: A nega heim... De namoradinho!

Todas riem.

 

CENA 05/CASA DE ATÍLIO E PILAR/ SALA/ MANHÃ.

Pilar encontra-se com a cabeça curva, as mãos no joelho e sentada em um sofá confortável, largo, branco, de canto, Chicago. No mesmo momento em que Atílio, bem vestido, com um terno preto, uma camisa branca e uma gravata rosa chega a sala, aparentemente feliz.

Atílio sorri.

Atílio: Pilar!

Pilar ergue a cabeça e olha para o marido.

Pilar: Oi amor...

Atílio: Tenho duas coisas pra te falar.

Pilar: Fala, pode falar!

Atílio: Bom, a cirurgia foi marcada para a semana que vem...

Pilar (Triste): Ai Atílio, eu estou com medo, muito medo.

Pilar levanta e olha nos olhos do marido.

Plano Próximo.

Atílio: Não é para se preocupar, não tem em que se preocupar... Ainda mais que... Você vai fazer a cirurgia... (Olhando nos olhos da esposa) Você é uma boa cirurgiã Pilar e eu tenho certeza que a operação vai dar certo.

Pilar: É verdade, vai dar tudo certo.

Ambos sorriem.

Atílio: Mas agora deixa eu te falar... A Aline ligou, a nossa filha vai voltar Pilar, ela disse que não tem como não estar aqui com tudo isso acontecendo... Ela vai trancar a faculdade, talvez abandonar, não sei direito, mas no dia da cirurgia, ela vai estar aqui.

Pilar e Atílio trocam olhares.

 

CENA 06/ CONDOMÍNIO COQUEIROS/ APARTAMENTO DE MATILDE/ MANHÃ.

(Ao Som de INSTRUMENTAIS NOVELAS – EDOM OLIVEIRA – PUREZA).

Ísis abre a porta do apartamento e calmamente entra de braços dados com a mãe Matilde. Ao entrar no apartamento se pode ver uma linda sala com um sofá branco de pallets e algumas almofadas pretas em cima. Ainda se vê uma estante tabaco com branco com uma televisão LCD 32 Polegadas em cima. E também um quadro com diversas pinturas aparentemente jogadas no papel.  Ao chegar próximo ao sofá. Matilde se senta. Ísis coloca sua bolsa em cima do sofá e se agacha em frente à mãe, olhando no fundo dos olhos da mesma.

Ísis (Emocionada): Mãe me perdoa, de coração.

Matilde sorri para Ísis.

Matilde: Você é minha filha Ísis e por mais que eu ache que você esteja errada eu te amo e sempre vou te perdoar... Agora a sua irmã foi buscar a Clarinha, vamos voltar a ser uma família... Volta para casa, para ficar comigo, com sua irmã e com a sua filha.

Ísis curva a cabeça.

Isabel chega ao apartamento juntamente de Clara (Menina com aparentemente oito anos, loira, com uma franja e lindos olhos azuis), elas entram e fecham a porta. Ísis se levanta brevemente e olha emocionada para a filha Clara, que sorri.

O volume diminui calmamente.

 

CENA 07/ CASA DE HELENA E RAUL/ EXTERIOR, FRENTE/ MANHÃ.

(Ao Som de SE TUDO FOSSE FÁCIL – MICHEL TELÓ E PAULA FERNANDES).

No portão Pedro e Júlia conversam, a última está com uma bolsa de couro preto. Do outro lado da rua calmamente chega Marina, que se mostra alegre. Plano Médio. De repente seu semblante muda completamente, a jovem já se mostra surpresa e um tanto decepcionada. A Câmera mostra Marina triste, chorando de um lado. E Pedro e Júlia beijando-se do outro. A mão do ex-preso sobe lentamente até a nuca e ambos se beijam loucamente. Plano Próximo em Marina, que do outro lado, chora insanamente. Após um beijo, um abraço e a despedida, sorridente Júlia se despede de Pedro e toma seu rumo. Pedro antes mesmo de entrar em casa se surpreende ao olhar e ver Marina do outro lado da rua. Ambos trocam olhares, Marina que ainda chora não o enfrenta por nem mais um segundo e logo correndo sai.

O volume diminui calmamente.

 

CENA 08/ CASA DE RODOLFO E ESTHER/ EXTERIOR, FRENTE/ MANHÃ.

No portão da casa de Esther, Catarina e Bruno conversam, quando Cristal chega sorridente.

Catarina (Alegre): Cristal!

Cristal logo corre e dá um abraço apartado em Catarina.

Bruno sorri para Cristal.

Bruno: Tudo bem Cristal?

Cristal: Tudo ótimo, e você?

Bruno: Tudo tranquilo.

Cristal: Então... Cassiano está?

Catarina: Tá sim... Entra lá.

(Começa VAGALUMES – POLO).

Antes mesmo de Cristal abrir a porta, Cassiano sai de casa. Ele sorri para Cristal, que retribui. Eles se aproximam.

Cassiano (Calmamente): Eu ouvi a tua voz e vim correndo... Tava com saudade.

Cristal sorri e se aproxima de Cassiano. Eles trocam olhares.

Cassiano (Alegre): E não é que você não me abandonou?

Eles sorriem. Aproximam-se mais e então se beijam ardentemente, próximos Bruno e Catarina demonstram felicidade com o casal. A câmera mostra o beijo de Cassiano e Cristal. Plano Próximo.

O volume diminui calmamente.

 

CENA 09/ CONDOMÍNIO LUZ DA LUA/ SALA/ TARDE.

Eleonora tricota em sua cadeira da vovó. A campainha toca logo Théo aparece na sala.

Théo: Deixe vovó que eu atendo!

Théo se dirige a porta, abre e se surpreende ao ver Júlia.

Théo (Surpreso): Júlia?

Júlia (Meiga): Posso entrar? Preciso falar com você!

Théo: Claro, entre!

Júlia entra. Théo fecha a porta.

Júlia se aproxima de Eleonora.

Júlia: Tudo bem dona Eleonora?

Eleonora (Sorrindo): Tudo ótimo minha filha.

Théo sorri para a avó e vai com Júlia para o quarto. Eleonora segue tricotando.

CORTA PARA/ CONDOMÍNIO LUZ DA LUA/ QUARTO DE THÉO/ TARDE.

(Começa QUASE AMOR – REAÇÃO EM CADEIA).

Plano Médio.

Théo e Júlia entram no quarto, eles se sentam em uma cama Box de casal, em volta de ambos pode se ver um ropeiro branco, uma estante branca com uma TV LCD 24 Polegadas e ainda uma parede azul, com fotos em um painel. Théo e Júlia trocam olhares.

Théo (Sério): Fala! O que você quer aqui?

Júlia (Séria): Não dá mais Théo... Eu te amo tanto, te amo mesmo, você não imagina como dói te ver com a Bianca!

Théo (Surpreso): Oi? O que você tá querendo Júlia?

Júlia (Triste): Eu quero você, quero assumir que gosto de você, gritar para todo mundo ouvir... Parar de ser a ‘’ outra. ’’

Plano Próximo.

Théo (Levantando-se da Cama): Você não pode exigir isso de mim.

Plano Normal.

Júlia levanta-se da cama.

Júlia: Posso... Ah, eu posso... Eu te amo!

Théo (Meigo): Me dá um tempo, eu não posso terminar com a Bianca assim, do nada! ...Espera que a nossa hora vai chegar!

Júlia (Sorrindo): Tá bom!

Théo: Eu te amo... Não duvide disso!

Júlia sorri.

Júlia: Eu sei!

Théo e Júlia se aproximam e então se beijam apaixonadamente. Na porta Eleonora vê todo o acontecimento. Plano Próximo na idosa. O volume diminui calmamente.

 

CENA 10/ CASA DE BRÁULIO CASAGRANDE/ QUARTO DE CRISTAL/ TARDE.

Deitada em sua cama e coberta está Cristal, com seu notebook no colo. Ao seu lado, um pouco apertada ainda encontra-se Bianca, também coberta. A loira tem consigo uma panela brigadeiro.

Cristal (Mexendo em seu Notebook): Ah... Amiga, eu não te falei, a Sueli me ligou.

Bianca (Surpresa): Sueli? (Olhando nos olhos de Cristal) A repórter?

Cristal: Sim, sim... Ela quer me entrevistar em um programa, mas eu estou em dúvida.

Com uma colher Cristal pega um pouco do brigadeiro da amiga.

Bianca (Contente): Ah amiga... Pensa bem, tu tem que ter a tua privacidade!

Cristal: É eu sei... Ainda mais agora que eu to com o Cassiano.

Bianca: Você tem que pensar muito mesmo amiga.

Bianca come um pouco de brigadeiro.

Cristal: Sim, mas pensando... Por outro lado... É uma maneira de eu de repente encontrar a minha mãe biológica!

Cristal digita.

Bianca: Falando em mãe biologia... (Olhando para Cristal) Como a Andréia reagiu ao saber que você sabe de toda a história?

Cristal: Desde que eu voltei pra casa, eu não falei direito com ela... Mas papai deve ter comentado e eu não me espantaria se ela não tivesse reação alguma.

Bianca: Ai amiga... Outra coisa, você vai voltar para faculdade!

Cristal: Claro! ... Segunda eu volto com certeza... Acho que é uma maneira de eu me livrar uma pouco dessa casa Bianca!

Cristal pega um pouco de brigadeiro.

Bianca: Se você... Quiser ir para minha casa... Tá tudo bem!

Cristal: Não amiga, por enquanto não... Prefiro ficar aqui, um tanto isolada.  Pensando na vida, em fim...

Bianca: Te entendo... Ah! E quando você vai apresentar o namorado?

Cristal: Eu não sei ainda, mas acredito que vai ser logo... Muito logo!

(Ao Som de O LADO ESCURO DA LUA – CAPITAL INICIAL).

Cristal e Bianca trocam olhares e caem na gargalhada.

 

CENA 11/ PORTO ALEGRE/ EXTERIOR/ TARDE.

(Continua O LADO ESCURO DA LUA – CAPITAL INICIAL).

Mostra a Cidade.

(USINA DO GASÔMETRO, CAIS DO PORTO, PONTE SOBRE O LAGO GUAÍBA).

O volume diminui calmamente.

 

CENA 12/ CASA DE EDUARDO E CLARICE/ EXTERIOR, FRENTE/ TARDE.

Dois pisos, larga, um tom amadeirado texturado, com um telhado um tanto cinza e uma chaminé no topo. Logo as janelas um pouco triangulares em um verniz, uma porta vernizada, sobre a mesma uma cobertura triangular, o mesmo se repete com o portão, em volta lindos arbustos e flores.

CORTA PARA/ CASA DE EDUARDO E CLARICE/ SALA/ TARDE.

Júlia chega em casa, a jovem abre a porta e fecha. Eduardo a aguarda em pé. Clarice está sentada no sofá. Júlia se aproxima.

Júlia: Olá família!

Júlia sorri.

(Ao Som de NOVELA AMÉRICA INSTRUMENTAL – ÊXODO).

Revoltado Eduardo se aproxima de Júlia e dá um tapa na filha. Clarice levanta-se horrorizada.

Eduardo (Sério): Isso é para você aprender a não ser vagabunda!

Júlia (Assustada): Pai?

Clarice: Você não podia ter feito isso Eduardo, não podia!

Clarice se aproxima de Júlia, a mãe abraça a filha.

Eduardo: Essa menina tem que aprender, que quem passa a noite fora é vagabunda... E filha minha não nasceu para ser vagabunda!

Eduardo e Júlia trocam olhares.

Eduardo segue seu caminho, sério ele vai em direção à porta de saída da casa. Ele abre a porta e sai fechando a mesma. Clarice abraça Júlia.

Clarice: Não dê ouvidos ao seu pai... Não dê ouvidos, ele não sabe o que fala minha filha, ele não sabe o que fala!

Júlia chora abraçada na mãe que passa suas mãos nos cabelos da filha.

O volume diminui calmamente.

 

CENA 13/ HOSPITAL ROSÁRIO E SILVA/ CANTINA/ TARDE.

Sentadas em uma mesa estão: Catarina, Marina e Rebeca. Todas bebem um saboroso café preto.

Marina (Triste): Eu fiquei chocada quando vi... Ele beijou a menina tão intensamente! ...Naquela hora tudo o que ele havia me dito antes, desmoronou... Tudo aparentou mentira, sabe?

Catarina: Mas Marina... Você falou tudo àquilo para o rapaz, ainda esperava que ele corresse atrás de você?

Marina (Séria): Amiga... Você tá do meu lado, ou do lado do Pedro?

Catarina: Ai desculpa!

Catarina abraça Marina, que aparentemente está abalada, triste.

Rebeca (Tom alto): Ah, chega! ...Parando de chororô agora Marina! ...Deixa o Pedro de lado e vai ser feliz amiga!

Marina sorri.

Catarina bebe o café, Marina também.

Rebeca: Pensa em um Caio Castro da Vida e seja feliz!

Todas riem.

Catarina: Falando em Caio Castro... O meu irmão falou em você Rebeca!

Marina: Ãh? ... Caio Castro? ...O que o Caio Castro tem a ver com o Bruno?

Rebeca: Tudo... Eles são muito parecidos!

Rebeca sorri.

Marina: Até parece!

Catarina: Deixa... Deixa! Ela já cismou com isso!

Rebeca: Tá, tá... Segue... O seu irmão falou em mim e?

Catarina: Em fim... Não foi bem ele que falou em você!

Rebeca (Confusa): Como assim não? ... Você acabou de falar!

Catarina: Deixa eu te explicar... Eu comentei com ele que você tá solteira... E ele disse que se aparecesse uma oportunidade sairia tranquilamente com você!

Rebeca se levanta rapidamente feliz.

Rebeca (Gritando): Ah!!!

Catarina e Marina riem da situação.

Marina: Olha só Rebeca... Você vai conseguir realizar o seu sonho!

Rebeca senta e bebe um pouco de café.

Rebeca: Nem fala... Eu sou apaixonada pelo Bruno há tempos... (Alegre) Ai que homem!

Todas riem.

 

CENA 14/ PORTO ALEGRE/ EXTERIOR/ NOITE.

(Ao Som de THE WOMAN I LOVE – JASON MRAZ).

Mostra a Cidade.

(PONTE SOBRE O LAGO GUAÍBA, BR 116, AVENIDA IPIRANGA, PROTÁSIO ALVES).

O volume diminui calmamente.

 

CENA 15/ DELEGACIA/ SALA DA DELEGADA/ NOITE.

Em sua mesa Natasha escreve em um papel. Encostado na mesa de Natasha está um homem (Aparentemente com 41 anos, olhos azuis e cabelos lisos na cor de castanho claro). O homem mexe em um Iphone preto. Na mesa ao lado, Renata junta suas coisas, a bela pega a sua bolsa.

Renata (Já de pé): Bom gente, eu estou indo, se o Luigi aparecer, diz que eu já fui para casa.

Natasha: Tá, mas... Eu acho melhor ligar para o Luigi e já avisar que você já vai, porque aí ele sai do que ele tá fazendo e já vai direto para casa... É que eu e o Celso já vamos ir embora também, eu só estou revisando algumas coisas.

Renata: Está bem, pode deixar que eu aviso... Agora Natasha, não precisa revisar tanto... Confio no seu trabalho!

Celso: Ih... Nem adianta Renata, eu já falei isso mil vezes pra ele e nunca adianta.

Renata: Está bem... Se cuidem, eu vou indo, tchau!

Renata sorri.

Natasha: Tchau Renata!

Natasha sorri.

Celso: Tchau, tchau!

Celso sorri.

Renata sorri e caminha em direção à saída da delegacia. A câmera acompanha Renata que logo já sai da sala.

CORTA PARA/ DELEGACIA/ EXTERIOR, FRENTE/ NOITE.

Renata deixa a delegacia que tem uma fachada na cor branca e um letreiro cujo diz ‘’DELEGACIA’’ no topo. A câmera acompanha. Após andar alguns passos, de trás de uma caçamba de lixo sai Luigi, que já passa a seguir a esposa.

 

CENA 16/ CASA DE RAUL E HELENA/ EXTERIOR, FRENTE/ NOITE.

Ary estaciona seu Escort cinza 98, quatro portas em frente à casa.

CORTA PARA/ CARRO DE ARY/ INTERIOR/ NOITE.

Plano Próximo.

Nicole (Surpresa): Ary... Aqui é a casa do cliente?

Ary: Sim... Algum problema? ...Ele pediu a anjinha eu trouxe!

Nicole (Séria): Sim, tem todos os problemas do mundo Ary... Eu não posso entrar nessa casa!

Ary (Surpreso): Não pode? ...Por que não pode?

Nicole (Nervosa): Porque Ary... O cliente provavelmente é meu irmão... Eu moro nesta casa... O meu irmão deve estar querendo se divertir já que meus pais foram viajar... Em fim, eu não posso entrar aí Ary, não posso! Minha família não pode descobrir que eu... Ah vamos embora Ary!

Pelo espelho Ary olha para Nicole.

 

CENA 17/ PALÁCIO PIRATINI/ EXTERIOR/ FRENTE/ NOITE.

(Ao Som de LAÇOS DE FAMÍLIA INSTRUMENTAL – TRILHA SUSPENSE).

Em Câmera lenta. Policiais carregam Ofélia e Antenor algemados. Dois policiais seguram a governadora, um de cada lado. Assim como Antenor. Imagem normal. A governadora grita. Já seu marido, caminha com a cabeça curva. Diversos fotógrafos e jornalistas estão presentes ali. Flashes são lançados, Ofélia cobre seu rosto com a mão. Prestes a entrar no camburão da polícia que em um tom verde se é visto, Letícia e Daniel aparecem. A filha da governadora corre desesperada em direção à mãe. Já um pouco próxima de Ofélia, as lágrimas tomam os olhos de Letícia, que desaba.

Letícia (Gritando): Mãe!

Logo após o grito Ofélia percebe a filha, assim como Antenor, ambos olham para Letícia. Daniel se aproxima da prima e a abraça. Plano Próximo. Ofélia e Letícia trocam olhares.

Close em Letícia, que demonstra estar decepcionada.

O volume diminui calmamente.

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