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Cena 1

1993, Rio de Janeiro, Noite, Camarim de Lúcia Helena

Carlos: - Lúcia Helena, minha querida estrela, esse desfile foi de arrasar.

Lúcia Helena: - Muito obrigada Carlos, hoje é um dia muito importante para mim.

Carlos: - Eu tenho uma proposta para lhe fazer. Você aceita viajar conosco, para desfilar na Europa e na Ásia?

Lúcia Helena: - Eu? Mas é claro que eu aceito, meu Deus isso é um sonho.

Carlos: - Então avise a sua família, você vai ser a maior estrela, a maior modelo do Brasil e do mundo.

Cena 2

Dois dias depois, Dia, Casa de Lúcia Helena e Marcos Henrique.

Marcos Henrique (fala feliz): - Grávida? Mas isso é ótimo Lúcia Helena, uma notícia incrível, o único ruim é que é uma gravidez de risco, mas nós superamos.

Lúcia Helena (fala com raiva): - Isso não é uma notícia boa, eu tenho que viajar para desfilar na Europa, mas não posso porque estou correndo risco de vida e essa maldita criança pode estragar todos os meus planos.

Marcos Henrique: - É uma criança, ela não tem culpa se veio na hora errada.

Lúcia Helena (sorri): - Mas eu já tenho a solução, eu irei fazer um aborto, é o melhor.

Marcos Henrique (fala com raiva): - Como você tem coragem de dizer umas coisas dessas em? Diz-me como? Aborto é crime Lúcia.

Lúcia Helena (começa a chorar, mas diz com raiva): - Mas é a minha única solução, eu não posso estragar minha carreira, tenta me entender Marcos Henrique.

Marcos Henrique (pega ela pelo braço e diz com raiva):- Tentar entender? Como eu posso entender uma mulher que pode matar uma criança, um filho.

Marcos Henrique (larga ela).

Lúcia Helena: - Mas é pela minha careira.

Marcos Henrique: - Você não vai e ponto final.

Lúcia Helena (grita com raiva): - Eu te odeio!

Cena 3

Lúcia Helena (fala no telefone): - Então eu não vou desfilar, não está tudo ótimo, passar bem.

Lúcia Helena desliga o telefone...

Lúcia Helena (fala sozinha olhando para sua barriga de grávida de oito meses): - Eu te odeio você acabou com a minha vida infeliz, eu deveria ter te matado quando eu podia, eu nunca vou te perdoar, eu tenho um ódio por você que nunca vai acabar.

Lúcia Helena (sente uma dor na barriga e grita): - Ai! Meu Deus! Socorro! Marcos Henrique, mãe, me ajude!

Cena 4

Marcos Henrique e Maria Helena aparecem assustados...

Marcos Henrique: - Lúcia calma, vamos te levar para o hospital.

Maria Helena: - Você terá sua filha hoje.

Cena 5

Horas depois, na maternidade...

Marcos Henrique entra no quarto onde Lúcia Helena teve sua filha. Ele se aproxima dela com a menina recém-nascida no colo e diz: - Olha Lúcia Helena, a nossa filha, ela é tão linda. Você quer ficar um pouquinho com ela? No seu colo? Desse jeito pode nascer o seu lado materno.

Lúcia Helena (chorando): - Marcos, se você me entregar essa maldita criança para eu ficar com ela no colo eu juro por tudo que é mais sagrado desse mundo, eu jogo ela no chão, e desse jeito ela morre de vez e eu me vingo dessa infeliz, se não quer ver a garota morta não me entrega, faz o teste meu querido, faz?

Marcos Henrique: - Você é podre e sem coração.

Marcos Henrique sai do quarto...

Lúcia Helena (chorando): - Minha carreira acabou meu corpo tá horrível.

Cena 6

20 Anos Depois, Dia, Rio de Janeiro, Casa de Lúcia Helena e Marcos Henrique...

Na Sala...

Dafne (Filha de Lúcia Helena e Marcos Henrique): - Gente eu decidir uma coisa, eu já sei qual vai ser a minha profissão.

Lúcia Helena: - E qual será infeliz?

Dafne: - Eu serei modelo.

Todos comemoram menos Lúcia Helena que eleva a sua voz dizendo: - Mas não vai ser não, está proibida de ser modelo, pode ser qualquer outra coisa, menos modelo.

Dafne: - Mas mãe!

Lúcia Helena: - Não me chama de mãe!

Dafne: - Tá! Mas Lúcia Helena, por que eu não posso ser modelo? Eu sonho com isso sempre.

Lúcia Helena: - Você destruiu meu sonho e eu vou destruir o seu, não vai ser modelo, eu não vou permitir, por sua causa eu vivo infeliz, garota eu te odeio, desde quando você estava no meu útero, você não vai ser modelo, nem hoje, nem daqui a trinta anos, nunca você vai ser.

Dafne sai chorando...

E Maria Helena vai atrás dela...

César:

- Conflitos de família.

Cena 7

No quarto de Lúcia Helena e Marcos Henrique, os dois discutem...

Marcos: - Não precisava dizer todas aquelas coisas para sua filha. O que é que você tem no coração? Pedra?

Lúcia Helena: - Ela só não vai ser modelo, ela pode ser advogada, atriz, escritora, se ela quiser ela pode ser até prostituta.

Marcos Henrique então dá um tapa na cara de Lúcia Helena...

Lúcia Helena olha para de Marcos Henrique (com raiva): - Você nunca mais me bata.

Marcos Henrique: - Nunca mais fala da minha filha assim, monstro, você não é mãe, não é mulher, não é gente. Como uma mãe pode odiar a própria filha meu Deus, isso não existe.

Lúcia Helena: - Eu quero que essa garota morra.

Lúcia Helena grita: - Morra!

Cena 8

No quarto de Dafne...

Maria Helena e Dafne conversam...

Dafne (chorando): - Ela me odeia vó, não me ama, mas eu amo ela. Eu acho se eu morrer ela pode ser mais feliz.

Maria Helena: - Não diga isso minha querida, a sua mãe, é o jeito dela.

Dafne: - Não, não é o jeito dela, ela quer me ver longa da vida dela, seria melhor eu nunca ter nascido, seria melhor o meu pai ter a deixado fazer aquele aborto, seria melhor.

Maria Helena:

- Não diga mais essas coisas minha querida, eu não quero mais escutar você falar isso.

Cena 9

Meses Depois...

No quarto de Dafne...

Dafne e Ricardo (namorado de Dafne) conversam...

Dafne: - Mas não dar mais para esconder Ricardo, eu tenho que revelar aos meus pais, eu estou nesse quarto há meses, e quando saio do quarto eu uso uma cinta que me aperta demais.

Ricardo: - Você até pode assumir esse filho, mas não conte comigo.

Dafne: - Ricardo não faz isso.

Ricardo: - Adeus Dafne.

Ricardo sai...

Dafne ( começa a chorar e depois sente uma dor na barriga e grita): - Paaaaaaiiiiiii! Socorro!

Cena 10

Marcos Henrique entra no quarto e socorre Dafne dizendo: - Filha, o que está acontecendo?

Dafne: - Pai eu estou grávida, mas acho que vou perder o meu filho, chama o médico rápido.

Marcos Henrique: - Claro!

Cena 11

Na sala...

Lúcia Helena, Maria Helena, Marcos Henrique estão...

Dafne chorando no sofá...

Lúcia Helena assustada diz: - Grávida? Então essa infeliz estava grávida e acabou de perder os filhos e eram trigêmeos.

Virgilio: - É uma pena não é mesmo?

Lúcia Helena: - Não. Não é pena nenhuma Virgilio. É até uma graça de Deus, porque eu não queria ser mãe, nunca, agora ser avó seria o fim da picada, foi Deus que fez isso, e fez muito bem.

Marcos Henrique: - Como você tem coragem de falar o nome de Deus em vão? Por que você é assim Lúcia Helena? Gente uma mulher dessas não existe, você é um monstro, tem mulheres que fazem o mal, praticam o que é errado, mas quando tem um filho elas se esquecem de tudo que fez, só por causa de uma criança, porque sentem amor no coração, amor materno, mas só com as suas palavras você é um monstro em forma de pessoa.

Lúcia Helena: - Esse seu discurso de pai protetor me emociona tanto, mas tanto Marcos. Olha, eu to pouco me lixando para essa garota, o que ela faz, o que ela deixa de fazer. Agora eu vou para o meu quarto, vou ficar sozinha, enquanto eu dou risada da desgraça da minha filhinha.

Lúcia Helena (caminha até a porta do seu quarto e grita): - Bem feito Dafne!

E entra no seu quarto...

Cena 12

Dias Depois...

Chega o dia do aniversário de Dafne...

Quarto de Dafne...

Marcos Henrique sentado na cama conversa com Dafne, enquanto ela está sentada na cama...

Marcos Henrique: - Parabéns minha menina, você está crescendo, vinte anos de idade, estou muito feliz por você ser a mulher que é.

Dafne: - Obrigado pai, pelo menos você gosta de mim.

Cena 13

Lúcia Helena entra no quarto de Dafne com uma caixa de presente...

Lúcia Helena: - Parabéns, minha querida, eu vim aqui para te dar esse presente para você, eu quero me desculpar por tudo que eu te fez.

Lúcia Helena entrega a caixa para Dafne...

Dafne (abre e não vê nada e pergunta): - Mas Lúcia Helena, aqui não há anda.

Lúcia Helena:

- O Presente verdadeiro está lá na sala, em uma caixa grande.

Dafne: - Eu vou lá.

Cena 14

Na sala...

Todos estão...

Lúcia Helena: - Ai está o seu presente.

Dafne: - Nossa essa caixa é muito grande Lúcia Helena.

Lúcia Helena: - Abra a caixa, dentro dessa caixa tem o que eu desejo para você.

César: - O Presente deve ser muito bom.

Dafne abre o presente, quando Dafne vê o que tem na caixa ela se assusta e grita: - AHHHHHHHH!

E o que tinha na caixa era uma coroa de floras e um papel pregado nela...

Dafne fala chorando: - Isso é horrível!

Lúcia Helena rir...

César: - Calma Dafne, não se desespera. Isso só é uma brincadeira de mal gosto.

Dafne diz chorando: - Isso é horrível meu Deus, eu não to acreditando nisso.

Dafne sai junto com César para o quarto, e Lúcia Helena vai a cozinha...

Cena 15

Na cozinha...

Maria Helena e Lúcia Helena conversam...

Maria Helena: - Mas minha filha aquela brincadeira de muito mal gosto que você fez foi ridícula assustou todos de verdade, o que você tem? É a sua filha, a sua única filha, você não pode fazer aquilo.

Lúcia Helena: - Mãe eu não preciso de lição de moral, há vinte anos minha carreira acabou, e por culpa de quem? Culpa dessa garota.

Maria Helena: - Ela não é nenhuma garota, ela é mulher, uma grande mulher, mas teve a infância e a adolescência destruída por um monstro. Você não presta Lúcia Helena, você não é mãe, eu nem sei se você é mulher de verdade, você não é humana, você não passa de um lixo de mulher.

Lúcia Helena (eleva a voz): - Eu não vou permitir que você fale desse jeito comigo, eu só queria seguir a carreira de modelo, mas eu não pode seguir porque eu estava grávida e essa gravidez era de total risco, eu sofrir demais, vocês nunca iram entender o que eu sinto pela Dafne, eu sinto ódio, nojo, eu odeio ela, eu quero o fim dela, ela nunca vai ser feliz enquanto eu viver.

Maria Helena (eleva a voz): - Agora sim, nessa pequena conversa que tivemos deu para perceber que você está completamente doente, fora de si, você precisa de um médico minha filha, isso que você sente pela própria filha não existe, isso é um pecado capital, um pecado mortal, perdoa sua filha, tenta manter pelo menos uma relação passiva com ela, tenta ser mãe pela primeira vez, acorda Lúcia Helena, sua vida não acabou há vinte anos não, sua vida começou a acabar quando você rejeitou sua filha, se olha no espelho e cresce.

Lúcia Helena (grita): - Eu não quero mais escutar tudo isso que você está falando, eu não sou louca, eu sou muito normal, você que é uma velha caduca e quer proteger aquele demônio que você fala que é minha filha.

Maria Helena (grita): - Infeliz!

E logo depois da um tapa na cara de Lúcia Helena que cai no chão, mas se levanta e grita: - Bate! Bate mesmo! Acaba com a louca aqui, anda!

Maria Helena (levanta a mão, mas começa a passar mal e diz): - Aí meu Deus! Meu coração, minha filha me ajuda, eu vou ter um infarto, ai, ai!

Então Maria Helena desmaia e cai no chão...

Lúcia Helena (se ajoelha e começa a chorar): - Mãe! Você não pode morrer mãe, não morra!

Cena 16

No Hospital, Na recepção.

Estão Lúcia Helena, César, Dafne e Marcos Henrique...

Virgilio aparece...

Lúcia Helena: - E aí Virgilio? O que aconteceu com a minha mãe?

Virgilio: - Infelizmente...

Dafne: - Não pode ser!

Virgilio: - Ela morreu, teve um infarto e não resistiu, acabou falecendo.

Lúcia Helena (começa a chorar e se desesperar): - Não pode ser, isso não é verdade, essa vida não é minha.

Dafne: - Mãe eu sinto muito.

Lúcia Helena (olha com raiva para Dafne): - Você?

Dafne: - O quê?

Lúcia Helena: - Eu discutir com a minha mãe por sua causa e foi por você que ela morreu você matou a minha mãe sua infeliz.

Dafne: - Não mãe, eu amo muito a minha vó, eu nunca provocaria uma morte.

Lúcia Helena: - Maldita!

Então Lúcia Helena empurra Dafne na parece e diz: - Eu vou acabar com você!

Então Marcos Henrique segura Lúcia Helena e logo diz: - Chega! Acabou! Nem com a morte da sua própria mãe você para com os escândalos, chega Lúcia Helena!

Cena 17

Dias Depois, Noite, Casa de Lúcia Helena e Marcos Henrique, Quarto do Casal...

Marcos Henrique entra no quarto e diz: - Eu preciso falar com você urgente!

Lúcia Helena: - Fala!

Marcos Henrique: - Eu quero a separação, quero o divórcio completo.

Lúcia Helena: - Você tá ficando maluco Marcos? Não vou aceitar essa separação, mas de maneira nenhuma.

Marcos Henrique: - Você não tem que aceitar ou deixar de aceitar, eu quero me separar e ponto final.

Enquanto Marcos Henrique caminha até a porta...

Lúcia Helena (corre até a porta e fecha a porta com força): - Isso não vai ficar assim, você vai me ouvir primeiro.

Marcos Henrique (caminha pelo quarto): - Não complica mais as coisas Lúcia Helena, vamos resolver esse problema passivamente.

Lúcia Helena (chega perto de Marcos Henrique) e diz: - O que você quer que eu faça meu querido? Eu faço que você quiser, mas não me dixe eu lhe imploro.

Marcos Henrique: - Não Lúcia Helena, não dá você passou de todos os limites, acusar a nossa filha pela morte da sua mãe sendo que foi um infarto, que ninguém esperava. Aliás, a vida toda você culpou ela pela desgraça que foi a sua vida.

Lúcia Helena (eleva a sua voz): - Mas a culpa foi toda dela, ela não deveria ter nascido naquela época.

Marcos Henrique: - Mas um aborto eu não iria permitir de maneira nenhuma. Você humilhou a nossa filha por anos, não foram dias não, foram anos, e a vida dela tá marcada por você e por suas humilhações. Bom eu já vou indo.

Marcos Henrique sai...

Cena 18

Lúcia Helena: - Isso não pode ficar assim, isso não vai ficar assim, eu não vou perder o meu marido por causa daquela garota.

Então Lúcia Helena começa a procurar no guarda-roupa...

Cena 19

Marcos Henrique conversa com Dafne e César...

César: - Pai sinceramente eu acho que foi a melhor decisão que você tomou, essa mulher tava transformando a sua vida em um completo inferno.

Dafne: - Se essa decisão te faz feliz eu estou com você meu pai.

Marcos Henrique: - Obrigado pelo apoio de vocês.

César: - Eu vou no banheiro.

César sai...

Cena 20

Lúcia Helena (aparece com uma arma apontada para Marcos Henrique e Dafne e grita nervosa): - Fica comigo! Fica comigo, não me larga Marcos Henrique, não me larga!

Marcos Henrique (assustado): - Abaixa essa arma Lúcia Helena, você pode acabar machucando alguém.

Dafne (assustada): - Mãe, por favor!

Lúcia Helena (grita nervosa): - Cala a boca garota infeliz, foi você o pivô da nossa separação, eu não teria chegado nesse ponto se você nunca tivesse nascido eu te odeio, eu te odeio.

Marcos Henrique: - Você não pode odiar tanto uma filha assim, você sente algum afeto por ela Lúcia Helena, um pouco de amor você sente.

Lúcia Helena começa chorar e ainda nervosa: - Eu não quero ouvir mais nada, eu vou matar, vou matar os dois!

Cena 21

César começa a aparecer de fininho sem Lúcia Helena perceber nada. Então ele segura o braço dela e tenta tirar arma da mão dela enquanto ela diz: - Me solta seu filho de chocadeira, me larga infeliz, desgraçado!

César (tira a arma da mão dela e aponta para ela): - Você não vai fazer nada Lúcia Helena, acabou! Acabou!

Então Lúcia Helena (vê na mesa uma faca grande com ponta corre para pega a faca, pega a faca): - Eu vou matar você seu filhote sem mãe!

Cena 22

Então Lúcia Helena vai coma faca para cima de César e César dispara dois tiros no peito de Lúcia Helena...

Dafne grita desesperada: - Mããããããããeeeeeeeeeeeeeeee!

Lúcia Helena roda pela sala deixa a faca cair e desmaia...

Dafne (grita chorando): - Não, não pode ser.

Cena 23

Duas Semanas depois, No Hospital, No quarto de Lúcia Helena...

Lúcia Helena acorda cansada e com a voz prejudicada e vê Virgilio: - O que eu estou fazendo aqui Virgilio?

Virgilio: - Você foi baleada, e dormiu durante vários dias.

Lúcia Helena: - Manda entrar as pessoas que querem me visitar Virgilio.

Virgilio: - Lúcia Helena eu sinto muito, mas...

Lúcia Helena: - Mas, o quê?

Virgilio: - Você não tem nenhuma visita Lúcia Helena, e o Marcos Henrique falou que nunca iria te visitar nem o César.

Virgilio sai...

Cena 24

Lúcia Helena (começa a chorar e fala sozinha): - Ninguém veio me visitar, eu fiquei sozinha, terminei sozinha, e vou morrer sozinha. Isso deve ser castigo de Deus, eu mereço ai meu Deus, eu fiquei sozinha.

Cena 25

Dafne aparece na porta do quarto do hospital e entra...

Lúcia Helena: - O que faz aqui?

Dafne: - Eu vim te ver mãe. Eu sei que você me detesta sempre me odiou, por eu ter acabado com a sua carreira, mas nesse momento eu precisava ficar com você, eu gosto de você mãe, você é muito importante para mim.

Lúcia Helena: - Você é completamente estranha. Eu te rejeitei a vida toda, e você ta aqui, eu não entendo.

Dafne: - Eu só queria te olhar por mais uma última vez.

Lúcia Helena (se levanta da cama chega perto de Dafne): - Você foi à única pessoa que veio me visitar, meu Deus.

Lúcia Helena (começa a chorar e pergunta): - Filha eu posso te pedir uma coisa?

Dafne: - O que você quiser.

Lúcia Helena (se ajoelha olha para cara de Dafne e diz chorando): - Me perdoa? Perdoa-Me minha filha?

Dafne (se emociona): - Mãe? Você está me pedindo perdão?

Lúcia Helena (abaixa a cabeça e fala chorando):

- Me perdoa por tudo de mal que eu te fiz? Eu só vou poder morrer em paz se você me perdoar por tudo que eu te fiz de mal, deixa eu descansar em paz minha filha, me desculpa!

Dafne (emocionada): - Levanta mãe!

Então Lúcia Helena se levanta e olha para Dafne...

Dafne: - Mãe é claro que eu te perdoou, por tudo que você me fez.

Então as duas se abraçam chorando e bem emocionadas...

Dafne (abraçada com a mãe):

- Me perdoa também por ter acabado com sua carreira?

Lúcia Helena: - É claro que sim filha.

Lúcia Helena volta a deitar na cama e Dafne senta na cama...

Lúcia Helena (ainda muito emocionada):

- Só quero te dizer uma última coisa, que eu não tive coragem de te dizer a vida toda.

Dafne:

- O quê?

Lúcia Helena (respira fundo, olha para cara da filha, sente as últimas batidas do coração e diz e muito emocionada e chorando): - Eu te Amo!

Dafne: - Eu também te amo mãe, eu sempre te amei.

As duas se abraçam novamente...

E o coração da Lúcia Helena para e ela morre nos braços da filha que tanto odiou, e somente no último momento de vida amou.

Dafne:

- Você vai ser eterna mãe!

 

FIM

Capítulo 1

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